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Comunicação interpessoal: conflitos e discussões

O desafio das relações interpessoais é uma constante na vida de qualquer ser humano. Afinal, em todas as esferas de nossas vidas  – profissional e pessoal -, temos de nos relacionar com outras pessoas e, em muitos casos, administrar conflitos. Mas, como estabelecer uma comunicação que evite o conflito como ponto de partida? Ou, como aproveitar as situações de conflito para o crescimento da própria relação? É sobre isso que tratam os princípios da Comunicação Não-Violenta (CNV).


Esses e outros pontos são tratados pelo Instituto CNV e por Cristiane Chaves, em seu texto “Como parar de discutir?”. Partindo do pressuposto de que, sim, somos seres que discutem devido às nossas diferenças. Cristiane nos mostra como aproveitar essas situações de conflito, ensinamentos valiosos para a comunicação interpessoal. Afinal, como já disse Marshall Rosemberg, os conflitos fazem emergir informações importantes sobre os padrões dos relacionamentos, colocando sobre a mesa aspectos que estavam adormecidos pelo tempo ou ocultos pelos nossos medos e inseguranças.

Eu posso parar de discutir?

Sim, você pode. No entanto, muitas vezes, optamos por deixar de lado situações tensas de conflito e escapar da difícil função de articular nossas próprias demandas, pois nos exigem a habilidade de comunicar nossas dores e anseios com transparência. Mas, isso é realmente interessante para nosso crescimento profissional e pessoal?


Para as premissas da Comunicação Não-Violenta, praticar a empatia e a escuta atenta ao que o outro está comunicando são essenciais para uma boa relação. Mas isso precisa acontecer em equilíbrio com a nossa capacidade de dar ouvidos aos nossos próprios sentimentos e necessidades também. É no equilíbrio dessa balança que evitamos conflitos desnecessários e desgastantes, que podem evoluir para situações desconfortáveis e até violentas em alguns casos.


Conflitos na comunicação interpessoal

Os conflitos podem existir em qualquer esfera de nossas vidas -da relação amorosa à relação profissional -, com conhecidos, colegas de trabalho e familiares. A CNV trata, principalmente, não de evitar essas situações, muitas vezes inescapáveis dados os diversos interesses em uma relação, mas de resolvê-las de forma propositiva. Transformar conflitos e discussões é um dos objetivos da CNV.


Aqui, vale a dica do Podcast “Para dar nome às coisas”. Natália Sousa produziu um episódio sobre “Conversas difíceis” no qual ela faz um paralelo destas com as louças usadas acumuladas na pia: evitar encará-las não fará com que desapareçam. Aliás, a sujeira vai se agarrando tornando cada vez mais difícil a limpeza.


Escuta e empatia, autoescuta e autoempatia

Já que colocar em prática a CNV é aprender a ter conversas difíceis , é preciso, de antemão, exercitar algumas premissas aplicadas  na Comunicação Não-Violenta: a escuta humanizada e empática. O exercício da escuta é, antes de tudo, observação, uma contemplação das necessidades, desejos e anseios do outro. Compreender o que é importante para o outro faz parte do  processo de comunicação interpessoal não-violenta.


A partir da escuta atenta, pode-se construir  a empatia pela situação do outro.É uma relação que exige honestidade de ambas as partes, além do estabelecimento de limites: muitas discussões emergem de ataques e ilações de quem ultrapassa os limites do seu interlocutor. Por meio do exercício de empatia, é possível compreender as dores de seu público.


Construindo relações com a CNV

Como construir, então, boas relações a partir dos princípios fundamentados pela Comunicação Não-Violenta?


A construção desse tipo de comunicação, que deve evitar julgamentos moralizantes, sentimento de culpa, comparações, depreciações e críticas destrutivas, é um exercício diário de ambas as partes.


Leia mais sobre o tema e as aplicações da CNV no Blog da Bridge Comunicação e coloque em prática no seu dia a dia!




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