Diagnóstico Socioambiental Participativo para Elaboração de Programas de Educação Ambiental (Dsp/Pea)
Se o seu empreendimento gera impactos ambientais, elaborar e executar Programas de Educação Ambiental (PEA) é uma obrigação legal, conforme a DN COPAM nº 214/2017, alterada em 2020 pela DN COPAM nº 238.
Mas como estruturar esse programa? Como definir as ações? Como torná-lo eficaz, aderente e interessante ao público alvo?

Diagnósticos Socioambientais Participativos (DSP)
Se para atuar em qualquer território é preciso antes de mais nada conhecê-lo, ninguém melhor para guiar nosso olhar do que aqueles que fazem e vivenciam suas dinâmicas no dia a dia.
Essa é a lógica subjacente aos processos de Diagnósticos Socioambientais Participativos (DSP) – por meio dos quais a empresa tem instrumento de articulação e empoderamento que motiva os grupos sociais impactados pelos empreendimentos a construir uma visão coletiva da realidade local.
As informações coletadas nesse processo participativo compõem uma base de dados que subsidia a construção e efetivação dos
Programas de Educação Ambiental (PEA).
O público alvo nos processos de DSP
Quem trabalha dentro do empreendimento (público interno) e quem está na sua vizinhança (público externo), comunidades situadas na Área de Abrangência de Educação Ambiental – Abea, configuram público alvo nos processos de DSP (Diagnósticos Socioambientais Participativos).
São eles que vão nos conduzir até os impactos negativos e positivos, e os riscos percebidos a partir da operação.
Esse processo envolve diálogo, escuta ativa e muita contribuição.

Técnicas participativas são, portanto, a base do DSP para identificar, priorizar e sugerir ações que vão compor o PEA.

3 métodos utilizados pela Bridge Gestão Social
Assim, a Bridge desenvolveu metodologia própria, fundamentada na mescla de três métodos consistentes e de ênfase participativa e dialógica, sendo eles:
1 - Mapa Falado,
2 - Metaplan e
3 - Árvore de Problemas e Soluções.
O Mapa Falado
(Faria Neto, 2016) é um desenho representativo do espaço ou território objeto de reflexão que permite discutir diversos aspectos da realidade, de forma ampliada.
Ao representar o lugar, surgem histórias que dão um sentido mais qualitativo às informações e permite a identificação de problemas de uma região quanto a impactos percebidos, com relação aos aspectos geográficos, socioeconômicos e culturais, permitindo ainda a correlação entre eles.
Desenvolvida na Alemanha, a técnica conhecida como Metaplan
promove o envolvimento das pessoas nas discussões, esclarece dúvidas, permite troca de experiências e gerenciamento de conflitos, levando um grupo a alcançar, de forma consistente, os objetivos propostos pela discussão.
Seus pilares fundamentais são a visualização constante de todo o trabalho produzido, o exercício em grupo e o trabalho de moderação.
Já a Árvore de Problemas e Soluções, metodologia utilizada por organismos internacionais (BID) no planejamento de projetos de desenvolvimento orientados por objetivos, identifica coletivamente causas e efeitos de um problema focal e meios de solucioná-lo para alcançar um fim específico e viável.
Este ambiente de troca, escuta, diálogo, participação e partilha é que permite a alquimia para estruturar um diagnóstico que espelhe as realidades locais, construído a partir dos múltiplos olhares.
Os resultados do Diagnóstico Socioambiental Participativo para Elaboração de Programas de Educação Ambiental
Por fim, e não menos importante, o resultado dessa coleta e as ações que vão compor o Programa de Educação Ambiental deverá ser compartilhado e validado, por meio das Devolutivas, junto aqueles que contribuíram para o processo.
Para além da obrigatoriedade legal, realizar a Devolutiva é uma manifestação de respeito ao assegurar que aquilo que foi concebido a várias mãos estará representado no PEA.
Isso sim é uma construção coletiva!
Quer continuar aprendendo?
Selecionamos agora a leitura do Passo a Passo para construção de Política de Responsabilidade Social.